quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Anotações informais da reunião do Concílio do Distrito do Catete que se realizou no sábado, dia 12 de novembro de 2011


Concílio aprova propostas para serem encaminhadas ao próximo Concílio Regional da Igreja Metodista

Ao todo, registra-se a presença de 38 delegados:

Clérigos - Antônio Faleiro Sobrinho (I.M. Botafogo, Superintendente Distrital), Luciano Pereira Vergara (I.M. V. Isabel, Secretário da CODIAM), Adilson Nunes Monteiro (I.M. V. Isabel), Rubem Lopes de Almeida (C.M. do Grajaú), Ricardo Lisboa (I.M. Catete/C.M. no Bairro de Fátima), Francisco de Souza Dantas (Assessor Pastoral do Ministério de Apoio Administrativo), Elias José da Silva Filho (I.M. Tijuca), Weber Barboza Chaves (I.M. Copacabana), Luciano Ribeiro da Silva Oliveira (I.M. Botafogo), Élmiton Nobre Santos (I.M. Botafogo), Filipe Pereira de Mesquita (I.M. Catete), Luiz Daniel do Nascimento (C.M. Lins), Sérgio Ovídio Wermelinger Goulart (I.M. Catete), Edson Fernandes da Costa (I.M. Botafogo), Sávio Pereira Carvalho (C.M. Usina), Ronan Boechat de Amorim (I.M. V. Isabel), Jorge Rodrigues da Cruz Filho (I.M. J. Botânico), Valter Nogueira Lobato (I.M. Gamboa) e Sílvio Macedo Amaral (I.M. Ipanema).

Leigos(as) - os leigos da I.M. V. Isabel: Marcelle A. Peixoto de Mattos, Suely Alves Peixoto de Mattos, Angélica Francisca Gouveia dos Santos, I.M. Botafogo: Geraldo Pimentel de Oliveira, Kátia M. Santos, Marcus Bispo, I.M. Catete: Carlos Alberto G. Rosa, Maria Adelaide Póva Rosa, Zélia Santos Constantino, Maria de Fátima Fontes de Souza, I.M. Tijuca: Ricardo G. Lopes, I.M. Copacabana: Antônio Santos, I.M. J. Botânico: Robson Ramos de Aguiar (Tesoureiro da CODIAM), Luiz F. M. Maia, Lucas Lago Monteiro, C.M. Lins: Maria Neuza Alves, I.M. Gamboa/IMAS: Zilva Antônia do Nascimento.

OBS 1: São justificadas as ausências de dois clérigos: Marco Antônio Oliveira, que alegou ter um compromisso anterior, e Douglas Marins, em compromisso de trabalho nos Estados Unidos da América.

Igrejas do distrito sem representação leiga no Concílio Distrital : Vidigal e Grajaú.

OBS 2: Presentes sem direito a voto Silvana Corrêa, Daniela Ferraz F. Carvalho e Márcio Sias.

INDICAÇÃO DE NOMES PARA COREAM E COMISSÕES REGIONAIS
Apesar de várias questões levantadas pelos pastores e leigos, a Presidência do Concílio, na pessoa do Superintendente Distrital (SD) Antônio Faleiro, informa que o Bispo Paulo Lockmann solicitou a indicação de nomes do distrito para compor a COREAM, a Comissão Ministerial Regional e a Comissão de Relações Ministeriais.

OBS 3: É aprovada a proposta de que os presentes elejam até três nomes a votação de candidatos(as) clérigos e leigos para a COREAM, de modo que se houver qualquer impedimento dos mais votados (como por exemplo a nomeação do clérigo para outro distrito) os demais ficarão como suplentes para que o distrito do Catete possa então apresentar nomes que atendam à representação distrital. Para as demais comissões também serão apresentados apenas um nome e os dois mais votados em cada Comissão ficarão igualmente como suplentes.

ELEIÇÕES DE CANDIDATO(A) CLÉRIGO PARA A COREAM - Foram apurados 35 votos, assim distribuidos entre as pessoas votadas:
1º Ronan Boechat (24 votos), 2º Antônio Faleiro (19), 3º Francisco Dantas (17), 4º Weber Chaves (11), 5º Sérgio Ovídio (10), 6º Roberto Rocha (8), nulo (1).

ELEIÇÕES DE CANDIDATO(A) LEIGO(A) PARA A COREAM - Foram apurados 35 votos, assim distribuidos entre as pessoas votadas:
1º Suely Peixoto de Mattos (20 votos), 2º Joselmo Salvato (14), 3º Robson Aguiar (13), 4º Geraldo Pimentel (11), 5º Lina Lopes (10), 6º Carlos Rosa (9), 7º Zilva Nascimento (8).

O Pastor Ronan Boechat de Amorim é o candidato clérigo oficial do distrito para compor a COREAM e Antônio Faleiro Sobrinho e Francisco de Souza Dantas os suplentes clérigos. Suely Peixoto de Mattos é a candidata leiga do distrito do Catete à COREAM e Joselmo Salvato e Robson Aguiar os suplentes leigos.

ELEIÇÕES DE CANDIDATOS CLÉRIGO PARA A COMISSÃO MINISTERIAL REGIONAL - Foram apurados 35 votos, assim atribuídos aos abaixo indicados(as):
1º Luciano Vergara (11), 2º Jorge Cruz (9), 3º Marco Antônio de Oliveira (8), 4º Elias José (4), nulo (1), em branco (2).

O Pastor Luciano Vergara é o candidato oficial do distrito para compor a Comissão Ministerial Regional e os pastores Jorge Cruz e Marco Antônio de Oliveira são os suplentes.

ELEIÇÕES DE CANDIDATO(A) LEIGO(A) PARA A COMISSÃO DE RELAÇÕES MINISTERIAIS: Foram apurados 35 votos, assim atribuídos aos abaixo indicados(as):
1º Kátia Santos (12 votos), 2º Lúcia Assis (9), Carlos Rosa (6), Suely Peixoto de Mattos (3), nulos (2), em branco (3).

Kátia Santos, membro da Igreja Metodista de Botafogo é a candidata do distrito para a Comissão de Relações Ministeriais e Lúcia Assis, do Campo Missionário Distrital do Grajaú, e Carlos Rosa, da Igreja Metodista do Catete, são os suplentes.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO RELATÓRIO DA TESOURARIA REGIONAL:
A Tesoureira da Sede Regional apresenta o relatório da Tesouraria Regional. Seguem-se comentários diversos.

GRUPO DE TRABALHO - O Concílio Distrital nomeia um Grupo de Trabalho composto por Robson Aguiar, Rev. Francisco de Souza Dantas e Sr. Geraldo Pimentel para analisarem o relatório da tesouraria regional, contando inclusive com a presença dela.
O Grupo de Trabalho é autorizado a se retirar da plenária do Concílio.

PROPOSTAS PARA O CONCÍLIO GERAL (parte da manhã)
A Presidência inicia a discussão da política referente ao 40º Concílio Regional, esclarecendo as novas regras conciliares e abre oportunidade para discussão e apresentação de propostas a serem encaminhadas ao Concílio pelo nosso Distrito.

Proposta de Luciano Vergara – que a programação do Concílio Regional seja mais objetiva ao focalizar matérias relativas aos ministérios, fazendo momento devocional pela manhãs, mas evitando realização de outros momentos de culto, pois o propósito do Concílio é tratar dos assuntos da vida da Igreja Metodista na Região, pois o que se vê nos concílios é que algumas pessoas se dispersam e as discussões não rendem, com as matérias relegadas ao debate posterior em gabinete em vez de se concentrar a atenção no encaminhamento de soluções na exígua duração do conclave.

Proposta de Weber Chaves – a criação de três sub-regiões sob a supervisão de SDs missionários de tempo integral, as quais seriam: 1) a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense, 2) o Centro-Sul Fluminense incluindo Costa Verde e Petrópolis, 3) a Região Serrana, Niterói e Costa do Sol (Região dos Lagos e Norte), com os distritos divididos conforme a necessidade. Aprova-se proposta aditiva de Ronan Boechat para que se implemente tal decisão até 30 de junho de 2012, isto é, até seis meses após aprovada. A proposta é submetida à votação do Concílio Distrital e aprovada por unanimidade.

Proposta nº 1 de Ronan Boechat – Avaliação das instituições regionais, com a administração da 1ª RE promovendo, até setembro de 2012, consulta regional com pastores(as) e leigos(as) ligados à área de serviço social e administração, que trabalham ou tenham trabalhado nas instituições regionais, que tenham experiência em instituições confessionais de outras igrejas e mesmo governamentais ou comunitárias, para fazer uma avaliação missionária dessas instituições regionais a fim de verificar se as razões missionárias para a sua criação ainda estão presentes, se o atual modelo de gestão e programas que desenvolvem justifica sua manutenção, se as igrejas locais têm os recursos capazes de manter as instituições regionais tal como determinam os Cânones etc.
Justificativas:
a) As instituições regionais sobrevivem hoje graças aos recursos dos precatórios que, segundo a Tesouraria Regional somam cerca de 1 milhão de reais por ano e que só restam duas prestações a serem pagas à igreja pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a saber, 2012 e 2013. Como as instituições viverão depois disto?
b) Os cânones determinam que o sustento das instituições regionais venha da 1ª RE. As igrejas têm condições de assumir essa despesa?
c) elege-se um conselho diretor para gerir uma instituição e muitas vezes, além dos programas sociais e educacionais, há questões de enormes dívidas e também questões fundiárias, como no caso das terras do IMAG.
d) Criamos as instituições e depois não há avaliação para saber se elas ainda têm razões missionárias e relevância social para continuar existindo, além dos recursos para a sua manutenção. A proposta é submetida à votação do Concílio Distrital e aprovada por unanimidade.

Proposta nº 2 de Ronan Boechat - Que a cada seis meses seja avaliada e prestado conta aos Concílios Regionais sobre a execução do Planejamento Estratégico da I Região Eclesiástica, bem como das decisões do 40º Concílio Regional e da parceria entre 1ª e 4ª Regiões, como aprovada pelo 19º Concílio Geral para a criação de uma nova região eclesiástica no Estado do Espírito Santo nos próximos cinco anos, com a administração regional prestando contas, através de relatórios semestrais aos concílios distritais, reunidos estes semestralmente para receber e avaliar tais relatórios. Estas avaliações terão de apontar acertos e equívocos bem como a correção de rumos. Que os concílios distritais enviem à administração regional as avaliações, sugestões e propostas como forma de participação e levantamento de subsídios.
Justificativa: Não são plausíveis, acertadas e úteis avaliações apenas bienais, pois a avaliação contínua do processo é fundamental para o sucesso no alcance dos objetivos propostos. A proposta é submetida a votação do Concílio Distrital e aprovada por unanimidade.

Há uma pausa para o almoço.

Reações ao relatório financeiro regional
Após o almoço o Concílio ouve as análises do Grupo de Trabalho e propostas apresentadas pelo Sr. Robson Aguiar, após reunir-se com a Tesoureira da Sede Regional, o Rev. Francisco de Souza Dantas e o delegado Sr. Geraldo Pimentel, para discutir o relatório financeiro da Região.

O Relator do GT destaca que:
1) Os precatórios pagos pela Prefeitura findarão em dois anos e têm sido gastos com despesas correntes da 1ª RE. O Concílio Distrital aprova proposta no sentido de se usar os recursos dos precatórios na reposição de patrimônio; particularmente a última parcela das duas qua ainda faltam ser recebidas.

2) A arrecadação da Região junto às igrejas locais tem sido superior a 15 por cento, pois além das contribuições obrigatórias para a Sede, levantam-se outras ofertas para pagar outras contas, enquanto o orçamento regional deveria contemplar todas as despesas.
Foi aprovada proposta de que todos os gastos e taxas das igrejas locais com a administração regional (incluindo taxas de participação de pastores em encontros com o bispo, taxas para realização de concílios, etc) já estejam incluídos no orçamento regional.

3) Há muita pressão dos encargos administrativos sobre a Sede Regional, onerando as igrejas locais e sobrecarga de trabalho para a Sede, sendo razoável que a administração seja feita pelos distritos, ficando a Sede incumbida de fazer o papel de “holding” para consolidar a administração subsidiária dos distritos. Foi aprovada proposta de que distritos tenham cada um CNPJ próprio e que a administração regional seja uma espécie de “holding” da instituição. Aprova-se que o Rev. Antônio Faleiro e o Sr. Robson Aguiar elaborem propsota detalhada e a apresentem ao 40º Concílio Regional em nome do Distrito do Catete.

4) As instituições regionais são deficitárias e, por isto, os conselhos diretores devem elaborar o planejamento estratégico com planos de ação que tratem desses assuntos com eficácia.
Aprova-se que a administração regional fique responsável por apoiar os conselhos diretores e por planejar estrategicamente as instituições regionais, o que os conselhos diretores em sua grande maioria não têm condições de fazê-lo sozinho, visto que trabalham hoje basicamente com o emergencial e o operacional. A responsabilidade estratégica para as instituições regionais é da administração regional, e isso deve constar no Planejamento Estratégico da I Região.

A reunião é encerrada às 15h25min, com oração proferida pelo Sr. Geraldo Pimentel.

O MELHOR E O PIOR DOS MUNDOS

Pr. Ronan Boechat de Amorim


"Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos." A frase é o início do romance "Uma História de Duas Cidades",  de Charles Dickens, que fala a época imediata à Revolução Francesa, com tantas novidades e liberdades, mas também com abusos, medo e um certo caos: era a idade da sabedoria, a idade da tolice; a época da fé, a da incredulidade; a estação da luz, a das trevas; a primavera da esperança, o inverno do desespero; diante de nós, tínhamos tudo e nada; estávamos indo direto para o céu e na direção oposta.

Como acontece hoje, vivemos também no pior e no melhor dos mundos. A frase, portanto, continua muito atual e serve perfeitamente para falar de nosso mundo, de nossa época.

Se por um lado temos a preocupação com o meio ambiente, justiça social, fim da pobreza, cidadania para todos, democracia, emancipação feminina, inclusão das pessoas portadoras de deficiência,  o resgate dos direitos da pessoa idosa, liberdade religiosa, democratização da informação, direitos do consumidor, avanços tecnológicos fantásticos, por outro, infelizmente, temos a corrupção generalizada,  a impunidade, o culto da aparência, a falta de limites, o fundamentalismo religioso, o terrorismo, as guerras, o aumento significativo da diferença entre os mais ricos e os mais pobres, um cristianismo cada vez mais dividido e superficial, a velocidade enorme em que as mudanças estão acontecendo, etc... Depois de séculos de orientação e repressão do Cristianismo, o mundo experimenta uma liberdade sem precedentes em relação ao cristianismo, mas infelizmente uma liberdade sem limites. Nosso tempo é marcado pela liberdade, mas igualmente pela falta de limites.

A Igreja cristã que mandou e abusou no mundo por séculos após a surpreendente aliança em 320 a.C. com Constantino, o imperador romano, nunca teve tão pouca autoridade e prestígio. Depois de 20 séculos de primazia, o cristianismo vai se tornando cada vez mais apenas uma opção religiosa. Seja pelos equívocos que cometeu quando esteve aliada aos impérios e reinos, seja pelo desgaste natural, seja pela sua fragmentação em milhares de grupos concorrentes e beligerantes, seja por ser o nosso tempo um tempo que gosta de transgredir as tradições e valores estabelecidos e por ser o modismo um valor moderno.

Diante da modernidade algumas igrejas preferem trancar em si mesmas para não se contaminarem e são belos fósseis do século XVI em pleno século XXI. Outras, atabalhoadamente, para não perder público e renda, vai adequando meio e mensagem à exigência light e soft da modernidade. Para garantir público abre mão de conteúdos fundamentais do evangelho para agradar ao seu público, pois, na lei de mercado, o cliente tem sempre razão. Como não dá mais ibope, não se fala mais de pecado e santificação. O que atrai público é descarrego quando as coisas não andam bem, e confiança nos benefícios imediatos e garantidos de uma fé pragmática num Deus que se aceita ordens de fiéis que fizeram corrente para mover o coração de Deus e que compraram algum tipo de amuleto “bíblico” como pedaços de pedra do muro das lamentações em Jerusalém ou água do poço de Jacó.

Certamente precisamos olhar para Jesus, nosso exemplo em tudo, e aprender com ele. Inclusive na sua prática de evangelização. Pois só assim, por mais incrível que possa parecer, é que poderemos nos tornar uma igreja viva, bíblica e contemporânea, com uma mensagem bíblica e compreensível ao homem e mulher modernos, sem capitular diante dos valores da sociedade moderna.

Tal como no tempo de Jesus e da igreja primitiva e perseguida (antes, portanto, da aliança com Constantino), o Evangelho precisa ser anunciado hoje num mundo pagão, violento, plural, não por força de lei e ameaças, mas pela coerência e testemunho pessoal do cristão e pelo poder do Espírito Santo. Hoje, “os impérios e reinos desse mundo”, romperam a aliança com a igreja e voltaram a promover o paganismo, a idolatria e as leis de mercado. E o mundo perdeu o medo da igreja e a igreja perdeu o controle político e cultural que tinha sobre povos e nações. Vivemos num mundo que a seu modo crê em Deus, mas que olha com desconfiança e indiferença pra igreja.

A mensagem de Deus precisa ser comunicada. Não apenas com palavras, pois ela não é uma filosofia ou uma teoria. E para ser anunciada e comunicada precisa ser vivida e testemunhada (partilhada) por quem foi alcançado pelo amor de Deus. Só amando e servindo conseguimos repartir o amor de Deus. Ao evangelizar e discipular eu não quero apenas que o outro saiba o que eu sei, eu quero que ele viva uma nova vida como eu vivo em Jesus.

Jesus, Paulo, Pedro, Barnabé, Lídia, Priscila, Timóteo, Apolo, etc..., têm muito a nos ensinar sobre vida cristã e sobre evangelização para os nossos dias, afinal viveram e foram grandes evangelistas em épocas conturbadas. Embora o mundo e as pessoas hoje sejam completamente direfentes das pessoas do tempo de Jesus e daqueles primeiros cristãos, o Evangelho é o mesmo e Jesus é o mesmo. As técnicas de evangelização podem até mudar, o conteúdo do Evangelho jamais mudará. O Evangelho não é antigo nem moderno, ele é de todos os tempos, ele é eterno. É a resposta certa para o melhor e o pior dos mundos.